Os contratos futuros do ouro fecharam em alta nesta quinta-feira, 5, em meio a expectativas mistas sobre a assinatura da chamada “fase 1” do acordo comercial entre Estados Unidos e China. Além disso, o dólar em baixa também apoiou o metal precioso.

O ouro para dezembro avançou 0,20%, em US$ 1.476,90 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O Ministério do Comércio da China reforçou, durante a madrugada no Brasil, que as negociações comerciais entre americanos e chineses continuam em andamento, apesar de pontos de tensão em torno de projetos de lei de Washington que apoiam direitos humanos em Hong Kong e Xinjiang.

O porta-voz do ministério, Gao Feng, afirmou que o acordo preliminar entre os dois países deve incluir a retirada de tarifas punitivas.

O presidente americano, Donald Trump, no entanto, disse pouco depois do fechamento do ouro, que “algo pode acontecer” em relação à elevação de tarifas dos EUA sobre produtos da China prevista para 15 de dezembro, mas que o assunto ainda não está sendo discutido.

Na avaliação de Daniel Briesemann, analista de metais do Commerzbank, a queda do dólar nesta quinta em relação a divisas rivais “deu apoio ao ouro” e permitiu que a commodity recuperasse algumas perdas da quarta.

Para o especialista, a baixa da moeda americana se deve a números abaixo do esperado do setor privado no mercado de trabalho dos EUA, divulgados na quarta pelo ADP, e que colocam pressão sobre o relatório de emprego (payroll) que será divulgado na manhã desta sexta-feira.

“Os dados do mercado de trabalho do ADP – apenas metade dos novos empregos esperados foram criados em novembro – podem apontar para um fraco relatório oficial do mercado de trabalho dos EUA amanhã. Isso poderia dar mais impulso ao ouro no fim da semana”, afirma Briesemann.