O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta segunda-feira, 10, seguindo o movimento da última semana, quando o metal teve o maior avanço semanal em seis meses, alcançando nesta segunda-feira o maior valor em três meses. O relatório de empregos nos Estados Unidos de abril, publicado na sexta-feira, ainda era alvo de observação pelo mercado, uma vez que reforçou a visão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) irá manter sua política de apoio por algum tempo.

O ouro com entrega prevista para o mês que vem encerrou a sessão com ganhos de 0,34%, cotado a US$ 1.837,60 a onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

“O relatório decepcionante do mercado de trabalho dos EUA de sexta-feira forneceu mais ventos favoráveis para o ouro, empurrando os preços para as máximas em vários meses”, aponta o Julius Baer. Por outro lado, questão observada recentemente para os preços do metal, os rendimentos dos Treasuries operaram em alta durante a sessão de hoje, limitando os ganhos do ouro, já que ambos concorrem como ativos seguros.

O ouro avança com a perspectiva de manutenção da política acomodatícia do Fed buscando a retomada de empregos, o que aumenta os temores de inflação no país. Na visão do Julius Baer, “embora a questão da inflação esteja ganhando destaque por várias razões, nenhuma delas deve elevar os preços do ouro de forma duradoura”.

O banco suíço avalia que “continuamos a enfrentar uma inflação boa, resultante da recuperação econômica, e não uma inflação ruim, sinalizando uma perda de confiança nas principais moedas do mundo”. Desta forma, a instituição financeira mantém um panorama “neutro” para o ouro.

Nesta semana, o mercado aguarda a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA em abril na quarta-feira.

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Na visão do Commerzbank, o ouro está sendo favorecido por preocupações com a inflação, que deve ser ainda mais alimentada pelos dados. O banco alemão projeta altas como resultado da “pressão crescente de preços devido a cadeias de fornecimento de produtos primários interrompidas e demanda robusta”.


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