O contrato futuro de ouro interrompeu uma sequência de quatro quedas consecutivas e fechou a sessão desta quinta-feira, 2, em alta de quase 3%, com maior busca por segurança após os Estados Unidos divulgarem mais um recorde no número de pedidos de auxílio-desemprego.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para junho encerrou em alta de 2,90%, a US$ 1,6377 a onça-troy.

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou hoje que o numero de novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos saltaram 3,341 milhões na semana encerrada em 28 de março, para o novo recorde de 6,648 milhões, em meio ao impacto do coronavírus na economia.

Já o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) divulgou que as condições empresariais de Nova York despencou de 51,9 em fevereiro para 12,9 em março, menor nível já registrado pelo indicador.

Segundo a Capital Economics, as perspectivas de uma recessão global devem sustentar o movimento ascendente de ativos de segurança, o que beneficiará o ouro. “No início de março, o ouro caiu em linha com os mercados acionários, aparentemente como resultado de um movimento de vendas por estresse. No entanto, após a injeção de liquidez do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o preço subiu em linha com outros ativos de segurança”, explica a consultoria.

Na mesma linha, a Erste Group Research acredita que a alta deve continuar em curto prazo. “O preço do ouro está se beneficiando da volatilidade nos mercados financeiros e de taxas de juros baixas. Esperamos que o ouro fique oscilando na faixa entre US$ 1,580 e US$ 1,680 a onça troy no segundo trimestre”, projeta.

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