O contrato futuro de ouro encerrou a sessão desta quarta-feira, 5, em alta, revertendo parte das fortes perdas registradas ontem, quando fechou no menor nível em quase três semanas. Para analistas, no entanto, a tendência ascendente não deve se sustentar a curto prazo, à medida que a redução das incertezas sobre o surto de coronavírus impulsiona o apetite ao risco.

O ouro para abril encerrou o pregão em alta de 0,47%, a US$ 1.562,80 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Nesta quarta os mercados acionários dos dois lados do Atlântico registraram ganhos em meio a notícias sobre o avanço das pesquisas médicas sobre o tratamento do coronavírus. À tarde, contudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em entrevista coletiva, disse que ainda não há comprovação de remédios eficientes contra a doença.

Investidores também ficaram atentos à divulgação de dados positivos sobre a economia americana. Os juros dos Treasuries e dólar ante rivais, que competem com ouro como reserva de segurança, avançaram após a ADP revelar que o setor privado dos EUA criou 291 mil empregos em janeiro, bem acima da previsão, de 150 mil novas vagas.

“O preço do ouro pode ter dificuldades para subir mais, esta semana, se o dólar continuar a se valorizar com dados econômicos positivos nos EUA”, analisou o analista de pesquisa sênior da corretora FXTM, citado pela Dow Jones Newswires.

No entendimento do Julius Baer, a cautela por conta do avanço do coronavírus não deve apoiar a valorização do metal, como ocorreu na semana passada. “No entanto, olhando para além do curto prazo, ainda enxergamos potencial de alta para o ouro”, destacou

*Com informações da Dow Jones Newswires