O ouro fechou em alta hoje, mas ainda permaneceu abaixo dos US$ 2.000, que segundo o CMC Markets se consolidou como uma barreira psicológica que resiste em ser quebrada, e que o ouro precisará de um novo catalisador para a commodity conduzir os preços acima dessa marca. Hoje, porém, o metal precioso manteve ganhos enquanto os rendimentos dos Treasuries longos caíram e o dólar se enfraqueceu ante rivais.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,30%, a US$ 1.993,5 por onça-troy.

Segundo o analista da Oanda Edward Moya, o cenário no momento não é muito favorável para o ouro enquanto ativo de segurança. Ele pondera que a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) ontem parece indicar para um fim da alta de juros nos EUA, e que o mercado tende a reagir com melhora do sentimento de risco. “Os investidores não correrão para o ouro se Wall Street estiver confiante de que o próximo passo do Fed será um corte nas taxas em meados do próximo ano”, avalia.

Isto, por si só, faz com que menos investidores procurem ativos de segurança, e com os rendimentos dos títulos do Tesouro em nível ainda acima do patamar dos últimos meses, os Treasuries podem se consolidar enquanto ativos de segurança mais atrativos do que o metal precioso.

Com uma possível melhora no apetite por risco diante de um esfriamento das tensões no Oriente Médio, que tem dado indícios de evoluir para um conflito regional, Moya avalia que o ouro vai sofrer para ultrapassar o preço de US$ 2.000, concordando com a visão do CMC de que para que isso aconteça, um novo driver precisa influenciar o mercado global.