Os contratos futuros de ouro fecharam em nova alta, nesta quarta-feira, 8, acumulando o maior avanço dos últimos nove anos. Apesar do sentimento de risco ainda permanecer no mercado acionário americano, durante a sessão do metal, a incerteza em relação a uma nova paralisação produtiva, provocada pelo retorno de covid-19, ainda dá sustentação ao metal precioso, considerado um ativo seguro e demandado em momentos de incerteza.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro para agosto encerrou em alta de 0,91%, a US$ 1.809,90 a onça-troy.

O ouro continua a ser negociado no seu melhor nível desde 2011, em meio à onda de flexibilização financeira que parece não ter fim, diante da pandemia. “O ouro tem sido um paraíso para os investidores que esperam volatilidade em ações, moedas e taxas baixas, como resultado de estímulos globais agressivos”, avaliou George Gero, diretor da RBC Wealth Management.

Para o Julius Baer, considerando o cenário atual favorável para o ouro, é mais provável que a marca de US$ 1.800 a onça-troy seja superada. “Comerciantes entram no mercado, enquanto a demanda por ativos de refúgio permanece forte, em particular nos países mais atingidos pelo coronavírus”, afirma.

Para o banco suíço, os preços altos do metal precisos “permanecem distorcidos” no curto prazo, se a covid não for controlada. “A médio e longo prazos, ainda acreditamos que uma melhoria do ambiente econômico deve pesar na demanda de refúgio, levando a preços mais baixos”, projeta a instituição.

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