O ouro fechou o pregão desta sexta-feira, 6, em alta, impulsionado pela fraqueza do dólar e com o foco do mercado na possível confirmação da vitória de Joe Biden na eleição presidencial americana, depois que o democrata assumiu a liderança na apuração dos votos em estados decisivos.

O ouro para dezembro subiu 0,25%, em US$ 1.951,7 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), com ganho semanal de 3,82%.

“O apetite por risco está ativo nos mercados financeiros e, no entanto, o ouro subiu, beneficiando-se de um dólar mais fraco”, aponta o analista Carsten Menke, do Julius Baer. Com o a moeda americana em baixa, os contratos da commodity ficam mais baratos e atrativos para detentores de outras divisas.

“Embora acreditemos que o dólar deva perder um pouco mais de terreno durante os próximos meses, isso não deve ser suficiente para desencadear uma recuperação mais duradoura do ouro”, pondera o profissional do banco suíço.

O Julius Baer acredita que a fraqueza do dólar deve se compensada por juros dos Treasuries mais altos, enfraquecendo a demanda pelo metal precioso. “Recentemente, os investidores que buscam portos seguros já desaceleraram suas compras de ouro e, exceto por uma deterioração maciça das perspectivas de crescimento global, não esperamos outra aceleração”, diz Menke.

Enquanto isso, os mercados esperam uma definição sobre quem comandará a Casa Branca nos próximos quatro anos. Após assumir a liderança na apuração dos votos na Pensilvânia e na Geórgia, Biden está a um passo de ser declarado presidente eleito dos Estados Unidos. No entanto, Donald Trump e sua equipe tentam judicializar o resultado. Na Geórgia, haverá recontagem.