O contrato futuro de ouro fechou em alta, nesta segunda-feira, 13, apesar do apetite por risco nos mercados acionários, o que costuma refletir menor busca por ativos de segurança, como o ouro. No entanto, o avanço da covid-19 nos Estados Unidos continua a ser um fator de incerteza, mantendo o ouro como investimento de refúgio. Com quedas nos preços do metal na última sexta-feira, investidores também viram uma oportunidade de compra.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro para agosto encerrou em alta de 0,68%, a US$ 1.814,10 a onça-troy.

O retorno da busca por ouro, hoje, “mostra que quedas de preços como da última sexta-feira ainda são vistas como oportunidades de compra e que o mercado deseja que o preço suba ainda mais”, afirma o Commerzbank.

Embora o ouro já tenha atingido máximas em vários anos, o analista do banco alemão, Carsten Fritsch, vê argumentos a favor de mais elevação, como o número de novos casos de coronavírus “subindo a uma taxa recorde”, tanto no mundo quanto nos EUA. “Isso aumenta o potencial de correções no mercado de ações”, afirma .

“Resta saber até que ponto a nova onda de infecções por coronavírus que ocorre de forma desenfreada lá nos EUA desde o final de junho afetará negativamente os dados futuros. É provável que isso provoque ações adicionais por parte do governo e do banco central”, prevê o analista do banco.

Fritsch também alerta que, apesar de indicadores econômicos da China estarem estimulando os mercados, com dados econômicos desta semana “provavelmente apontando avanços econômicos em todos os aspectos, essa recuperação notável é resultado da queda anterior induzida pela pandemia”. Portanto “a recuperação chinesa deve desacelerar a partir de agora”, acredita ele.

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