O contrato mais líquido de ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 29, diante da incerteza nos mercados financeiros sobre o que o presidente americano Donald Trump teria reservado para a China. Durante toda a manhã desta sexta-feira (horário de Brasília), investidores comentavam possíveis retaliações que poderiam impactar ainda mais a relação tensa entre os países e talvez comprometer o acordo comercial “Fase 1”, assinado no ano passado. Sendo assim, o ouro voltou a ser beneficiado pela busca por segurança.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou em alta de 1,01%, a US$ 1.751,70 a onça-troy, mas com queda de 0,10% na comparação semanal.

A incerteza sobre as relações comerciais entre China e Estados Unidos apoiou o ouro durante a sessão de hoje. A notícia da aprovação da lei de segurança chinesa para Hong Kong – que interfere em liberdades civis -, somou-se a tuítes provocativos de Trump e ao anúncio de uma coletiva de imprensa para falar de China, aumentando o clima de cautela.

Em relatório enviado a clientes, o BBH alertava que os investidores estão cautelosos com as tensões entre EUA e China, “aguardando uma resposta do governo Trump em relação à questão de Hong Kong”.

O Commerzbank avalia que os participantes dos mercados financeiros aparentemente “esperavam pra ver” o que o presidente dos EUA tinha a dizer na conferência de imprensa sobre a China. “A incerteza em curso deve apoiar o preço do ouro”, previu Carsten Fritsch, analista do banco alemão.