O ouro encerrou o pregão desta quinta-feira em queda, com investidores otimistas com as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, após o presidente americano, Donald Trump, anunciar que encontrará, sexta-feira, o vice-premiê do país asiático Liu He.

Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), a onça-troy do ouro para dezembro fechou em queda de 0,78%, a US$ 1.500,90.

Nesta manhã, Trump divulgou em sua conta no Twitter que irá se reunir com Liu He sexta-feira, na Casa Branca. A notícia deu fôlego a ativos de riscos, na medida em que a declaração dá sinais de progresso para as negociações comerciais entre EUA e China.

Entre esta quinta e sexta, autoridades americanas e chinesas se reúnem em Washington para tratativas sobre a guerra comercial. “Grande dia de negociações”, declarou o líder da Casa Branca, em seu Twitter.

O clima de apetite por risco pressionou as cotações de ouro, já que o metal precioso é considerado um ativo de segurança, cuja demanda costuma cair em momentos de otimismo do mercado.

Para além da questão EUA-China, outras questões exercem influência sobre os investidores de ouro, como “as possibilidades de outro corte na taxa de juros dos EUA por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e as tensões geopolíticas no Oriente Médio, incluindo os recentes confrontos entre a Turquia e Síria”, destacam analistas do ING Economics, em relatório divulgado a clientes.

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Os fatores supracitados podem, nos próximos dias, apoiar as cotações de ouro. Um corte de juros nos EUA tende a pressionar os rendimentos dos Treasuries, que também são ativos seguros, o que apoiaria uma migração para o ouro. Já no caso das tensões geopolíticas, a procura pelo metal precioso seria apoiada, justamente, pela busca por segurança.


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