O ouro fechou em queda nesta quarta-feira, após os números da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA ficarem acima do esperado em março e forçarem o mercado a atrasar suas apostas para cortes dos juros americanos. O movimento fortalece o dólar, o que por sua vez pressiona o metal.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em queda de 0,59%, a US$ 2.348,40 a onça-troy.

Na esteira do CPI, o dólar se valorizou contra rivais e a probabilidade de corte pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), segundo o CME Group, mostrava-se majoritária agora apenas para a reunião de setembro. Antes do dado, a chance de corte era majoritária para a reunião de junho. O dado impulsionou o dólar, o que torna o ouro, cotado na moeda americana, mais caro para os detentores das demais divisas.

Mesmo após o recuo desta quarta, o ouro segue em patamar elevado e a tendência é de que haja novas altas, afirma o Deutsche Bank. No futuro, “o ouro provavelmente se estabilizará em uma faixa mais elevada”, escreve Michael Hsueh, estrategista cambial e de commodities do Deutsche Bank.