O mercado de commodities segue em alta. O ouro ultrapassou nesta segunda-feira (8) a marca inédita de US$ 3,6 mil a onça, impulsionado pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos e pelas incertezas em torno da independência do Federal Reserve. A valorização do metal precioso reflete também a busca por ativos de proteção, em meio ao aumento da aversão ao risco global. Analistas como o Goldman Sachs projetam que a cotação pode se aproximar de US$ 5 mil a onça caso parte do capital de Treasuries migre para o ouro, tendência reforçada pelo movimento de compra contínua do Banco Central da China.
Já o minério de ferro registrou alta nesta terça-feira (9), acompanhando a recuperação da produção de aço na China. O índice de referência, para minério com 62% Fe entregue na modalidade CFR, fechou a US$ 109,30 a tonelada, avanço de 1,2%. O contrato de janeiro de 2026 em Dalian também ganhou força, subindo 1,64% para US$ 113,04. O movimento foi atribuído à retomada de altos-fornos após paralisações para reduzir poluição em evento oficial em Pequim, o que trouxe suporte imediato aos preços.
Assim, ouro e minério de ferro — duas das principais commodities globais — caminham em direções convergentes: o primeiro sustentado por tensões econômicas e geopolíticas, e o segundo favorecido pela atividade industrial chinesa. Ambos reforçam o papel do Brasil como protagonista nesses mercados, diante da relevância nacional tanto no fornecimento de minério quanto na atração de capitais ligados ao ouro. Com informações de Notícias de Mineração Brasil.