O ouro avançou nesta segunda-feira, 28, e voltou a fechar acima dos US$ 1.300 por onça-troy, apoiado pela queda do dólar em relação a outras moedas fortes. O ouro para fevereiro fechou em alta de 0,39%, em US$ 1.303,10 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O dólar perdeu espaço frente a rivais hoje depois que o apartidário Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) cortou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano de 2,4% para 2,3% e divulgou que estima uma subtração de US$ 3 bilhões devido à paralisação parcial do governo americano, que equivale a 0,02% do PIB anual previsto para 2019.

Além disso, o analista de commodities do Julius Baer, Carsten Menke, ressalta que “ainda que a alta acima de US$ 1.300 por onça-troy possa atrair alguns operadores técnicos para o mercado, a tendência de curto prazo parece bastante limitada em nossa visão”.

Menke acrescenta, por outro lado, que a mudança nas expectativas sobre a política monetária dos EUA deve continuar a ser “uma importante fonte de volatilidade para o ouro, mas sua desvantagem parece igualmente limitada, uma vez que a demanda por investimento permanece forte”.

Em um horizonte de 3 e 12 meses, para o Julius Baer, os preços devem ser negociados em torno de US$ 1.300 e US$ 1.350 por onça-troy, respectivamente, aponta.