A batata do amigão do Queiroz não está assando; já queimou faz meses. O diabo é que uma turma de bombeiros cúmplices ou coniventes insiste em jogar água na fervura. Por quê? Bem, uns por interesses financeiros e de poder. Outros, por covardia. E outros, ainda, por cálculo eleitoral. O fato é que o impeachment do psicopata não sai.

A CPI da Covid é a maior e mais clara oportunidade – e provavelmente a última – de apear o devoto da cloroquina da Presidência da República, e, de quebra, enviá-lo para o banco dos réus, lugar que merece ocupar pelos próximos 300 anos, no mínimo. Motivos para tanto não faltam, e estão provados e comprovados desde março de 2020.

Não à toa o desespero do pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais, desde que o ministro Barroso, do STF, determinou ao bombeiro Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito que irá investigar as omissões – eu chamo de crimes – do governo federal no combate ao coronavírus.

Jair Bolsonaro, o ladrãozinho (segundo alguns militares, de acordo com William Waack em sua coluna no Estadão), sabe que deve, e muito! Sabe o que fez e, principalmente, o que deliberadamente não fez. Sabe que, além de omisso, é verdadeiramente homicida, com suas falas e condutas que incentivam a população a uma espécie de suicídio em massa.

Exagero meu? “Tem de enfrentar o vírus de peito aberto”; “máscara é o último tabu a cair”; “temos de enfrentar o vírus como homens, não como moleques”; “tem que deixar de ser um país de maricas”; “pra que a pressa com a vacina?”; “é só uma gripezinha, um resfriadinho”; “não podemos ficar em casa e deixar a economia para depois”.

Além disso, como sabemos, boicotou o quanto pode o registro, a importação, produção e distribuição da CoronaVac, “a vachina chinesa do Doria que causa anomalias, mortes e invalidez”. E mais: nem resposta deu à Pfizer, ainda em agosto do ano passado, diante de uma oferta de 70 milhões de doses do imunizante mais utilizado no mundo.

Tic-Tac, Bolsonaro! Se você e toda essa horda de negacionistas lunáticos que lhe cerca não forem defenestrados desta vez, não serão jamais. Daí é bom “Jairmos” nos preparando, pois o Brasil encontrará um chão duro, de concreto bruto, sob o alçapão no fundo do poço, no fim do abismo profundo em que nos encontramos atualmente.