BRUXELAS, 11 JUL (ANSA) – Os líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) concordaram nesta quarta-feira (11), durante sua cúpula anual em Bruxelas, em respeitar o patamar de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para os gastos militares.   

O número é a metade dos 4% que exigia o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chegou à cúpula após ter criticado os outros países da aliança, principalmente a Alemanha, a quem chamou de “prisioneira” da Rússia por causa da dependência energética em relação a Moscou.   

“Eu me concentraria no que concordamos, que é 2% do PIB para a defesa, começaremos com isso”, afirmou o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. “É verdade que há discussões e desacordos, mas o que conta é a substância, estamos dando resultados”, garantiu.   

Durante a cúpula, Trump cobrara a destinação de 4% do PIB para gastos militares, mas ele acabou se conformando com os 2%, não sem criticar Berlim. Além disso, o republicano ressaltou que esse patamar deve ser alcançado agora, e não em 2024, como prevê o acordo atual.   

“Qual é a vantagem da OTAN se a Alemanha dá bilhões de dólares à Rússia por gás e energia? Por que só cinco dos 29 países mantiveram seus compromissos? Os EUA estão pagando pela proteção da Europa e depois perdem bilhões em comércio. Devem pagar 2% do PIB imediatamente, não em 2025”, escreveu o presidente no Twitter.   

Como de praxe, Trump discursou na OTAN logo depois de Stoltenberg e do premier belga, Charles Michel, e saiu da reunião enquanto falava o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte. Ele não explicou o motivo de sua saída.   

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O presidente também teve um encontro bilateral com a chanceler alemã, Angela Merkel, com quem diz ter uma “relação muito boa”. Adesão – Durante a cúpula desta quarta, a OTAN aprovou também a abertura de negociações para a adesão da Macedônia, que mudará de nome para não ter mais o veto da Grécia. Stoltenberg, no entanto, deixou claro que Skopje só entrará para a aliança se a alteração for confirmada – o presidente do país promete não sancionar a medida, que também será submetida a referendo.   

Pelo acordo assinado com a Grécia, a nação, cujo nome oficial é Ex-República Iugoslava da Macedônia, passará a se chamar República da Macedônia do Norte, o que permitirá também sua futura entrada na União Europeia. (ANSA)


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