Por Robin Emmott

BRUXELAS (Reuters) – Ministros da Defesa dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) devem acertar nesta quinta-feira um novo plano para defender seus países de qualquer possível ataque da Rússia em frentes múltiplas, reafirmando o objetivo central da aliança de deter Moscou, apesar de um foco cada vez maior na China.

A estratégia confidencial visa preparativos para qualquer ataque simultâneo nas regiões dos Mares Báltico e Negro, que poderiam incluir armas nucleares, invasões de redes de computador e ataques do espaço.

“Ele reconhece uma ameaça mais típica do século 21 e como lidar como ela”, disse o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, aos repórteres.

Autoridades enfatizam que não acreditam em um ataque russo iminente. Moscou nega qualquer intenção agressiva e diz que é a Otan que cria o risco de desestabilizar a Europa com tais preparativos.

Mas diplomatas dizem que o “Conceito de Dissuasão e Defesa na Área Euro-Atlântica” e seu plano estratégico de implantação são necessários agora que a Rússia desenvolve sistemas avançados de armas e mobiliza soldados e equipamentos mais perto das fronteiras dos aliados.

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“Este é o caminho da dissuasão”, disse a ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer, sobre o plano.

A aprovação permitirá planos regionais mais detalhados até o final de 2022, disse uma autoridade dos Estados Unidos, habilitando a Otan a decidir quais armas adicionais precisa e como posicionar suas forças.

A Rússia está atualizando ou substituindo sistemas espaciais militares soviéticos para possivelmente atacar satélites em órbita e desenvolvendo tecnologias baseadas em inteligência artificial para gerar transtornos em sistemas de comando aliados, além de “super armas”.

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