Existem muitos elementos importantes envolvidos nas eleições de meio de mandato dos Estados Unidos. O pleito ocorre a cada dois anos e, em 2022, será no dia 8 de novembro. A economia norte-americana passa por um momento de turbulência por causa da alta inflação, o Banco Central impõem a subida dos juros para conter a elevação dos preços, mas, por enquanto, não se conseguiu resolver a equação: Joe Biden terá força suficiente para se reeleger? Historicamente os problemas econômicos causam crises políticas que, por sua vez, atingem diretamente a figura do presidente da República. Joe Biden vem amargando baixos índices de aprovação, o que coloca o Partido Democrata em maus lençóis num dos momentos mais importantes da vida política interna.

Apesar do desenvolvimento conturbado da política doméstica, até agora os democratas estão em patamar de igualdade com os republicanos, devido às disputas dentro da legenda, entre a velha guarda encabeçada pela família Cheney e os apoiadores de Donald Trump. Acontece, no entanto, que o principal aspecto que vai definir quais dos dois lados terá hegemonia no Congresso, nos estados, cidades e condados é o desenrolar da guerra na Ucrânia. A administração Biden está envolvida até a medula com o conflito. Os EUA enviaram bilhões de dólares do orçamento aos ucranianos, também as empresas de armamento de todo o país estão mobilizadas e encheram os armazéns da Ucrânia de armas. Ao contrário do que se imaginava, essas ações de governo trouxeram prejuízos a imagem de Joe Biden, dado que a batalha se prolonga.

O término da guerra, automaticamente, trará benefícios eleitorais aos democratas. Isso porque simbolicamente a figura de Joe Biden ganharia status de grande estadista, algo que, hoje, ele ainda não conseguiu. Nesse momento é necessário que o Partido Democrata induza a administração federal a corrigir os seus equívocos na guerra, por meio de seu corpo diplomático. Apenas o cessar fogo pode salvar vidas e selar definitivamente a vitória Democrata nas eleições de meio de mandato.