É a febre do momento. Feito de plástico ou metal, o “spinner” é um brinquedo que gira entre os dedos de acordo com a força e o jeito de quem o manipula. O sucesso do artefato junto a crianças e adolescentes é total, assim como a controvérsia que ele tem gerado. Na Alemanha, 35 toneladas do brinquedo importados da China foram apreendidos no aeroporto de Frankfurt. A alegação das autoridades alemãs é que o brinquedo oferece perigo para crianças pequenas, por ser feito com peças que podem se soltar e ser engolidas.

No Brasil, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) emitiu um alerta aos pais dizendo que o brinquedo é contraindicado para crianças menores de 6 anos e que seu uso deve ter a supervisão de um adulto para evitar acidentes, como engasgamentos e cortes. O instituto também afirmou que fará testes em laboratório para verificar a qualidade dos produtos vendidos no País. No final de junho, a Polícia Rodoviária de São Paulo apreendeu 14 mil spinners sem nota fiscal que entraram no Brasil pelo Paraguai.

14 mil

spinners sem nota fiscal foram apreendidos no interior paulista

Criado pela americana Catherine Hettinger para a filha que sofria de miastenia (uma doença que causa fraqueza muscular), o artefato pode ser usado para desenvolver habilidades motoras nas crianças. “Não há comprovação científica de que seja um remédio para crianças com autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, mas é um brinquedo interessante que atua em várias áreas cerebrais”, diz Liubiana Arantes de Souza Regazoni, da Sociedade Brasileira de Pediatria. Além de estimular o foco e o equilíbrio, ele pode melhorar a caligrafia, já que seu manejo aperfeiçoa o movimento de pinça das mãos. Ainda assim, o brinquedo tem sido proibido em escolas de todo o País por ser considerado uma distração. É importante que os pais e responsáveis fiquem atentos à brincadeira. Se tiver limite, é uma distração saudável.