Na segunda-feira, 26, o apresentador Fausto Silva, de 73 anos, passou mal e precisou ser internado às pressas, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Segundo informações da Alpha FM, Faustão deverá ser submetido a um novo transplante, desta vez, para receber um rim.

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Desde setembro, o veterano vem se submetendo a sessões de hemodiálise, cerca de três vezes por semana, para retirar líquido do organismo. Porém, o órgão deu sinais de piora devido aos problemas de insuficiência cardíaca. No final de agosto do ano passado, Faustão recebeu um novo coração após permanecer por mais de vinte dias internado para tratar uma insuficiência cardíaca.

Nos meses que se sucederam ao transplante, o comunicador foi submetido a várias análises clínicas para avaliar a adaptação do novo órgão pelo organismo e verificar possibilidade de rejeição, que devem ser constantemente monitorados.

Com o quadro de saúde bastante prejudicado já naquele momento, Fausto Silva teve prioridade na fila de transplante do Sistema Único de Saúde (SUS) e logo recebeu um novo coração.

‘Os riscos de um novo transplante são maiores’

À IstoÉ Gente, o médico nefrologista Henrique Carrascossi, da Santa Casa de Araraquara, explicou o quadro clínico que fez Faustão ser internado às pressas e falou sobre o novo transplante de órgão que o apresentador deverá passar. Entenda!

“A doença renal crônica é uma doença que evolui com diminuição das funções dos rins sendo que quando o paciente chega numa função próxima a 10% ele acaba precisando realizar algum tipo de terapia renal substitutiva como a hemodiálise ou a dialise peritoneal. Esses pacientes em 70% dos casos tem como causa da doença renal crônica o Diabetes e a hipertensão arterial descontrolados ao longo de anos. Sabemos também que pacientes cardiopatas graves também podem evoluir com doença renal crônica através da síndrome cardio renal que é quando o coração está muito debilitado e acaba causando problema nas funções dos rins pelo baixo fluxo sanguíneo”, começa o profissional.

“No caso do Faustão – como ele é transplantado cardíaco – o apresentador passou por essa fase de insuficiência cardíaca grave antes do transplante e isso pode ter deixado sequelas graves nos seus rins e assim ele precisa realizar hemodiálise para se manter vivo. Caso ele tenha condições clínicas gerais, ele pode ser submetido a um novo transplante, no caso transplante de rim pois somente assim ele conseguiria ficar sem fazer hemodiálise”, destaca Henrique Carrascossi.

  • Transplante renal

O transplante renal pode ser feito através de doação de um falecido, no caso através de uma lista de espera coordenado pela central de transplantes nacional, ou a doação pode ser feita por um doador vivo e no caso pode ser um familiar ou uma pessoa compatível com autorização judicial.

  • Riscos

Sabemos que os riscos de um novo transplante são maiores, pois neste caso ele já esta imunossuprimido pelo transplante cardíaco e isso aumenta a chance de complicações cirúrgicas e de infecções no pós operatório. Mas é possível ser feito desde que tenha condições clínicas e a doação.

*A nossa reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Israelita Albert Einstein, onde Faustão está internado, mas até o fechamento desta matéria ainda não tivemos retorno.