Renomado grupo de teatro de bonecos, o Giramundo traz para São Paulo o espetáculo Os Orixás, que será apresentado no Sesc Ipiranga, desta sexta, 19, a domingo, 21. A peça, aliás, é um dos destaques do repertório do grupo mineiro. Os Orixás estreou há 18 anos, em 2001 – foi a última montagem do Giramundo que teve direção de um de seus criadores, Álvaro Apocalypse, que morreu em 2003. E continua muito atual até hoje.

A inspiração vem da mitologia africana e das histórias do povo ioruba, uma das maiores etnias do continente africano. Segundo descrição do Giramundo, o espetáculo trata “da gênese do mundo, da terra e do homem e a riqueza do panteão africano, seus deuses e heróis, sua mitologia e sua cosmogonia”.

Por meio da manipulação de grandes bonecos, mostra deuses lendários. “A história é composta de lendas dos mitos, amparada por dois personagens humanos. Desde o começo do mundo até os dias atuais”, diz a diretora-geral Beatriz Apocalypse, filha de Álvaro. Ela conta que a ideia da montagem surgiu para homenagear os negros. “Papai Álvaro Apocalypse, morto em 2003, sempre retratou os negros em suas obras. Achou por bem levar a mitologia para os palcos.”

A remontagem não traz personagens novos, a diretora conta. E os bonecos são os mesmos de 2001. “O que norteia a escolha e técnica de manipulação é o texto”, diz ela. Mas trata-se agora de um espetáculo mais musical, artístico, e com videoanimação pensado para o espetáculo. “A ideia da montagem de 2019 é preservar o texto e fazer uma trilha nova”, afirma Beatriz. “A direção musical é do Sérgio Pererê, e toda ela é composta por atores negros.”

As apresentações fazem parte da programação ligada à exposição Ounje-Alimento do Orixás, que fica em cartaz na Sesc Ipiranga até 25 de agosto.

OS ORIXÁS

Sesc Ipiranga.

R. Bom Pastor, 822, tel.: 3340-2000. 6ª (19) e sáb. (20), às 21h; dom.

(21), às 18h.

R$ 9 / R$ 30

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.