A humildade é uma virtude que deve ser sempre praticada. Temos Deus como o maior modelo, e Ele nos oferece importantes indicações. O episódio do Evangelho de hoje, por exemplo, nos mostra Jesus na casa de um dos chefes dos fariseus, que observava com atenção como os convidados para o almoço se preocupam em escolher os primeiros lugares. É uma cena que vimos muitas vezes: pessoas que procuram o melhor lugar a todo custo. Ao ver esta cena, Ele narra duas breves parábolas.
Inicialmente, em um casamento, Jesus diz para procurar não o primeiro lugar, mas o último. Com esta recomendação, Jesus não tem a intenção de dar normas de comportamento social, mas uma lição sobre o valor da humildade. A história ensina que o orgulho, a vaidade e a ostentação são causas de muitos males. E Jesus nos faz compreender a necessidade de escolher o último lugar, ou seja, de procurar a pequenez.
Quando nos colocamos diante de Deus de forma humilde, Deus nos exalta, debruça-se sobre nós para nos elevar a Si; “porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”.
Na segunda parte do Evangelho, Jesus se dirige ao seu anfitrião. Ele o exorta a ser generoso não com quem possa recompensá-lo, mas justamente com os que não podem, a fim de que receba do Senhor o pagamento no último dia. Quem faz o bem sem o interesse de receber algo em troca, com certeza não ficará sem recompensa: esta se dará na ressurreição dos justos.
O que mais um cristão pode querer do que ser elevado pelo Senhor no último dia? Sigamos, portanto, o caminho apresentado pelo Evangelho: sejamos humildes, servidores, façamos o bem sem esperar nada em troca. Peçamos à Virgem Maria que nos conduza todos os dias pelo caminho da humildade, Ela que foi humilde durante a sua vida inteira. E que nos torne capazes de fazer gestos gratuitos de acolhimento e de
solidariedade, para nos tornarmos dignos da recompensa divina.
Padre Omar é reitor do Santuário do Cristo Redentor do Corcovado