Na vida real, os fãs de Stranger Things são tão unidos como a gangue que investiga mistérios sobrenaturais na cidade fictícia de Hawkins, nos EUA. Em sites e grupos de discussão, eles fazem a contagem regressiva juntos para a estreia da aguardada quarta temporada da série, que chega à Netflix em 27 de maio. O retorno da produção ao streaming coloca fim a uma espera de dois anos, provocada pelos adiamentos causados pela pandemia e reviravoltas nos roteiros. Na nova trama, a gangue de adolescentes liderada pela paranormal Eleven (Millie Bobby Brown) e pelos garotos Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo), Lucas (Caleb McLaughlin) e Will (Noah Schnapp) terá de lidar com desavenças internas e um componente adicional: a adolescência. A turma infantil e ingênua da série que conquistou o planeta em 2016 deu lugar a um grupo mais amargo e vulnerável, mas que mantém o desejo de solucionar os segredos do “mundo invertido”, a realidade paralela habitada por seres de outras dimensões e tornada secreta pelo governo dos EUA. Stranger Things é um fenômeno global que já conquistou diversos prêmios, incluindo o Emmy e o Globo de Ouro. A expectativa para essa quarta edição também é grande por outra razão: a bem-sucedida temporada anterior é a segunda série mais vista até hoje na Netflix.

Rachel Murray

Os gêmeos por trás do sucesso

A série Stranger Things surgiu inspirada pelas produções dos anos 1980 de Steven Spielberg e George Lucas. Seus criadores, porém, ainda eram crianças na época: os gêmeos Matt Duffer nasceram em 1984, apenas dois anos depois do lançamento de E.T. – O Extraterrestre, que tanto influenciou a dupla. Em carta aos fãs, revelaram que Stranger Things 4 teve nove roteiros, mais de 800 páginas e levou dois anos para ser filmada – o dobro do tempo de produção das temporadas anteriores.