Os senadores Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, e Augusta Brito, do PT do Ceará, são os parlamentares que mais fizeram uso das emendas parlamentares este ano. Cada um deles já destinou R$ 68,5 milhões para estados e municípios, o teto do que podem gastar anualmente no Senado. Na Câmara, o líder é o deputado Adail Filho, do Republicanos do Amazonas, que atingiu o limite de R$ 37 milhões.
Com base nos dados da Central das Emendas, uma plataforma de acompanhamento das verbas do Congresso, a coluna identificou os dez senadores e os cinco deputados campeões no empenho de emendas individuais em 2025 até agora. Essas emendas já somam R$ 9,8 bilhões neste ano.
O levantamento entre os senadores aponta que em terceiro lugar, logo abaixo de Eduardo Braga e Augusta Brito, vem Romário, do PL do Rio de Janeiro, com R$ 66 milhões, seguido por Jorge Kajuru, do PSB de Goiás, com R$ 65,9 milhões.
A lista dos dez primeiros ainda tem Jader Barbalho, do MDB do Pará (R$ 51,3 milhões); Weverton Rocha, do PDT do Maranhão (R$ 51 milhões); Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro (49,7 milhões); Omar Aziz, do PSD do Amazonas (R$ 48,4 milhões); Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo (R$ 45,8 milhões); e Cid Gomes, do PSB do Ceará (R$ 45,6 milhões).
Na Câmara, abaixo de Adail Filho, o campeão de emendas, vem Eduardo da Fonte, do PP de Pernambuco, com R$ 35,9 milhões. Tiririca, do PL de São Paulo, chega em terceiro lugar com R$ 33,9 milhões, seguido de perto por outro parlamentar do PL paulista, Capitão Augusto, que empenhou R$ 33,8 milhões. Saullo Vianna, do União Brasil do Amazonas, empata com o paulista.
Fundador da Central das Emendas, Bruno Bondarovsky disse à coluna sobre a grande dificuldade que é fiscalizar a aplicação dessas emendas de ponta a ponta.
“É difícil para o Tribunal de Contas da União fiscalizar o que acontece nos 5.570 municípios. É um desafio técnico, que vai cair para os tribunais de contas estaduais e, no caso de São Paulo e Rio, municipais. Só que, para eles, as emendas não são diferentes das outras contas. Não vão fiscalizar de forma diferenciada as emendas parlamentares”, disse Bondarovsky.