Candidatos ao governo de São Paulo no estúdio do debate da Band (Crédito:Kelly Fuzaro/Band)

No passado, os debates decidiram eleições, como foi a de 1989, em que Fernando Collor venceu Lula, valendo-se dos truques da TV Globo. Desta vez, o quadro também pode mudar com os debates na TV. Eles serão até mais importantes do que os 35 dias de propaganda gratuita no rádio e TV, que começa neste final de semana. Afinal, pouca gente gosta de ver essa propaganda. É cansativa, laudatória, cheia de promessas que depois ninguém cumpre mesmo. O eleitor já está de saco cheio dela.

As emissoras de rádio já decidiram, inclusive, que no mesmo horário em que a propaganda estiver rolando nas emissoras, nos sites a programação normal vai continuar e os ouvintes deverão correr para os aplicativos. Na TV, muitos eleitores vão correr para as TVs pagas, a cabo, ou internet. Todo mundo vai querer fugir dessa propaganda enganosa. Por isso, os candidatos vão apostar pesado nos debates na TV. Esses sim têm audiência.

O telespectador gosta de ver o pau quebrar ao vivo, sem muita interferência dos marqueteiros e é quando os candidatos podem expor seus reais pensamentos, seja para o bem ou para o mal. Os debates sim podem mudar o cenário eleitoral, formar opinião, sacramentar o voto ou até mudá-lo. Por isso, os candidatos estão jogando tudo nesses debates. Até agora já aconteceram dois: na Band e na Rede Tv!/ISTOÉ. Restam ainda outros cinco debates.

No próximo dia 9, haverá o debate na TV Gazeta/Estadão. No dia 18 de setembro, haverá o debate do Poder360/Youtube/Revista Piauí. No dia 19, haverá o debate no SBT/Folha/UOL. No dia 30 de setembro, será a vez do debate na TV Record. E no dia 4 de outubro, a 3 dias das eleições, haverá o mais importante e decisivo de todos: o debate na TV Globo, direto do Rio. Esse sim pode derrubar ou confirmar um dos candidatos no segundo turno.