AP Photo/Andre Penner

Foram quase duas semanas de tensão no país inteiro. Uma greve de caminhoneiros, iniciada em grupos de WhatsApp, mostrou o quanto o Brasil depende do transporte rodoviário. Postos de gasolina ficaram desabastecidos e supermercados ficaram com prateleiras vazias. O País ficou refém. As demandas dos profissionais foram atendidas pelo governo, mas depois que eles viram o poder que tinham em mãos a desmobilização foi gradual e incerta. O exército precisou ser convocado em algumas regiões para que os caminhões deixassem de bloquear estradas.

A febre amarela continua aí

NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

As cenas se sucederam por todo o País no início do ano: assustada com o avanço da febre amarela, especialmente nas regiões Sudeste e Sul, a população chegou até a invadir postos para se vacinar. Porém, a notícia da morte de pessoas em razão da vacina – algo cientificamente esperado, principalmente se o indivíduo não tem a indicação de tomá-la – afastou os brasileiros da única forma eficaz de prevenção. Apenas 50% da população está vacinada. Isso é péssimo. De janeiro a novembro, foram registrados 1,3 mil casos e 450 mortes, quase o dobro de 2017. E sem vacina não há prevenção.

30 anos da Constituição

Arquivo ABr

No dia 5 de outubro a nossa Carta Magna completou três décadas de existência — e recebeu menos homenagens do que merece. Graças a ela (a “Constituição Cidadã”, como a chamou o deputado federal Ulysses Guimarães), a democracia e suas instituições se mantiveram incólumes apesar de tantos tropeços nos três poderes republicanos nos últimos tempos. Se pecado ela tem, é o de ser minuciosa demais. Claro, quis o constituinte abrir o maior leque possivel de garantias, vindo o Brasil de onde vinha: 21 anos de ditadura militar. Detalhe: a Constituição brasileira é uma das mais avançadas do mundo nas garantias fundamentais do cidadão.