Os jogadores da seleção francesa iniciaram nesta segunda-feira o retorno à casa onde serão recebidos como heróis após conquistar na Rússia o bicampeonato da Copa do Mundo com uma vitória por 4 a 2 sobre a Croácia.

Os Bleus deixaram a Rússia com uma hora de atraso e aterrissaram no aeroporto de Roissy pouco antes das 17:00h do horário local, 12:00h pelo horário de Brasília.

A partir daí, farão um desfile na avenida Chapms Élysée. O time de Didier Deschamps levantou o troféu mais sonhado do futebol em uma das finais mais apaixonantes dos últimos anos, repetindo o êxito alcançado em casa há 20 anos.

Após ser capitão no título de 1998, a vitória da França colocou Deschamps no grupo seleto de jogadores que também foram campeões como treinador, ao lado do alemão Franz Beckenbauer e do brasileiro Mario Zagallo.

Aos 19 anos, Kylian Mbappé anotou o quarto gol francês e foi eleito o melhor jogador jovem do torneio, abrindo caminho para se tornar uma super estrela.

O presidente francês, Emmanuel Macron, celebrou cada gol de sua seleção no Estádio Luzhniki de Moscou e terminou encharcado após a forte chuva que caiu durante a entrega das premiações. Depois, participou da festa do título ao lado dos jogadores no vestiário.

Nesta segunda-feira, Macron vai receber o time em Paris e os jogadores desfilarão em um ônibus na avenida Champs Élysée, onde milhares de pessoas são esperadas.

Os torcedores franceses festejaram a vitória varando a madrugada, tocando a buzina dos carros e tremulando bandeiras tricolores, enquanto a Torre Eiffel se iluminava de azul, branco e vermelho.

Deschamps, que recebeu uma chuva de champagne durante a coletiva de imprensa após o título, garantiu que a vitória foi “tão charmosa” quanto a do mundial de 1998.

“Existem duas coisas importantes. Uma é que esses 23 jogadores estão agora ligados pelo resto da vida, independentemente do que acontecer, e também que a partir de agora não voltarão a ser os mesmos porque são campeões do mundo”, declarou o treinador.

“Ser campeão do mundo, como jogador profissional, não existe nada melhor”, acrescentou.

Com este resultado, a equipe que mescla juventude e experiência em grandes torneios demonstrou que superou a derrota na final da Eurocopa de 2016, em Paris.

“Fizemos algo incrível, entramos para a história”, disse Antoine Griezmann, autor do segundo gol francês na final.

“Agora é preciso aproveitar, estar com a família e festejar. Amanhã na França será igual, vamos festejar com todos os franceses”, acrescentou o jogador do Atlético de Madrid.

Para a Croácia, país de apenas quatro milhões de habitantes, a derrota foi amarga, mas seus torcedores comemoraram o melhor resultado da história da Copa do Mundo, após campanha que teve vitória esmagadora contra a Argentina e que eliminou a Inglaterra nas semifinais.

O meia croata do Real Madrid, Luka Modric, foi eleito o melhor jogador do torneio.

– Bola parada –

Após sofrer falta na intermediária, Griezmann cruzou no segundo poste e contou com desvio de Mandzukic para as próprias redes para sair na frente no placar, aos 18 minutos.

Aos 28 minutos, em jogada ensaiada após cobrança de falta, Perisic aproveitou ajeitada de Vida, limpou o defensor na entrada da área e emendou uma bomba com a perna esquerda para empatar.

Aos 33 minutos, os Bleus contaram novamente com a bola parada para voltarem ao jogo. Griezmann cobrou escanteio, Matuidi desviou levemente de cabeça e a bola pegou na mão de Perisic. Após reclamação, o árbitro Nestor Pistana foi chamado a conferir o lance pela vídeo-arbitragem (VAR) e apontou para a marca da cal. Griezmann bateu no canto esquerdo deslocando Subasic e recolocou a equipe francesa em vantagem, aos 38.

No segundo tempo, Paul Pogba e Mbappé fizeram dois gols chutando de fora da área, respectivamente aos 14 e 20 minutos, para acabar com as ilusões croatas.

Mas ainda houve tempo para Mandzukic marcar um gol para sacramentar o resultado final, aproveitando erro do goleiro francês Hugo Lloris, aos 24.