Existem alguns erros bem comuns que pais e mães cometem na tentativa desesperada para que os filhos comam bem. A sequência de erros na alimentação das crianças, faz com que a situação fique cada vez pior.

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Hoje o que vemos nos atendimentos, são crianças vivendo à base de mamadeira, arroz com ovo e alimentos ultraprocessados. Frutas, legumes e verduras não fazem parte do cardápio, principalmente de crianças depois dos 2/3 anos. 

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A melhor maneira de lidar com as dificuldades alimentares das crianças é conhecer esses erros e entender o que é possível fazer para evitá-los desde o início, ainda na introdução alimentar, ou revertê-los quando a criança já for maior e a situação já estiver crítica. 

Pensando nisso preparei uma lista desses erros e algumas sugestões de atitudes positivas para fugir do estresse no momento das refeições. 

  • Os pais não sentam à mesa para fazer as refeições juntos com os filhos. Essa é uma ótima oportunidade de estar em contato com os filhos, saber como foi o dia, bater papo e trocar experiências. E isso pode acontecer desde a apresentação das primeiras papinhas. O olho o olho é fundamental para trazer leveza e conexão no ambiente, assim pode até ser que as crianças comecem a comer melhor.
  • Incoerência entre o discurso  e as atitudes. Não faz sentido exigir que a criança coma bem, sem comer bem, sem dar o exemplo. Tão importante quanto a criança crescer forte e saudável são os pais envelhecerem fortes e saudáveis, para que tenham a oportunidade de ficarem mais tempo juntos.
  • Na primeira recusa da criança, param de oferecer. Nem todo alimento será aceito na 1ª experiência. Lembre-se do 1º gole de cerveja, ou da 1ª colherada de açaí. Conheço pouquíssimas pessoas que gostaram dessas primeiras experiências. Por outro lado, conheço muitas que hoje, depois de algumas tentativas, amam. Continue a oferecer o alimento sempre que ele estiver disponível.
  • Compram as “xexelentices”. As crianças não têm autonomia para irem ao mercado. Dessa forma, se os pais não comprarem, não tem em casa, se não tiver em casa, não é uma opção. As besteiras podem existir, mas elas moram nas exceções: numa festa, num aniversário… Não podem estar na rotina da casa.
  • Insistem demais para que a criança coma. Se a criança não quiser comer é melhor não insistir. Nada de correr atrás dela pela casa com o prato de comida. Ela não quer, não deve estar com fome, respeite. Respire e espere que ela peça algo para comer, e então lhe ofereça as opções. Lembre-se, quem disponibiliza as opções de comida para a criança é o adulto.
  • Oferecem o alimento sempre na mesma forma de preparo. Um brócolis pode ser cozido, assado, refogado, no arroz, na panqueca… e em cada preparação ele terá um sabor diferente.  Dessa forma cria-se uma nova possibilidade de a criança experimentar, e quem sabe gostar do alimento antes recusado.
  • Usam recompensas e chantagens. Dessa forma o foco e o valor estão no resultado imediato e não no alimento em si. Assim não se constrói uma relação saudável com a comida, e a longo prazo a criança pode desenvolver transtorno alimentar. 
  • Esconder o alimento no feijão ou em outra preparação.  Esconder o alimento é desvalorizar o que a criança está comendo, é deixá-la acreditar que ela só come feijão, quando na verdade ela come feijão, beterraba, cebola, couve, chuchu…  É importante que a criança saiba e se aproprie dos alimentos que come. Sem contar que, quando ela descobrir que está sendo enganada, vai aprender que se pode enganar os outros. Esconder os problemas e dificuldades não faz eles sumirem, assumi-los fortalece e ajuda a enfrentá-los. 

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