Orlando Rollo está focado em renegociar as dívidas do Santos. No entanto, na primeira entrevista concedida pelo novo presidente do clube, ele admitiu não que o Peixe não possui previsão de Caixa e não descarta a venda de atletas para solucionar as pendências financeiras. Para isso, o mandatário do Alvinegro terá que contar o Conselho Deliberativo para aprovar essas possíveis movimentações.

– Não existe fórmula mágica, não existe solução mirabolante. A nossa equipe de trabalho está buscando desde hoje de manhã. Não vou ficar me lamentando, vou focar na resolução de problemas. Se não tiver outra alternativa, se não for a venda de algum jogador, eu vou pedir ajuda ao Conselho Deliberativo para aprovar a venda de algum atleta. Não sou arrogante – disse em entrevista coletiva virtual realizada nesta terça-feira (29).

Desde quando José Carlos Peres foi afastado do cargo máximo do Santos FC pelos conselheiros, na noite desta segunda-feira (28), Rollo já tem se articulado para resolver as dívidas que impedem o clube de contratar desde março. Atualmente são duas punições do Peixe junto a Fifa, uma com o Hamburgo (ALE), pelo não pagamento pela contratação do zagueiro Cléber Reis, em 2017, ainda na gestão de Modesto Roma Júnior, e uma de 2019, pelo não pagamento ao Huachipato (CHI) pela aquisição do atacante Soteldo. No total, as dívidas chegam a aproximadamente R$ 50 milhões.

Orlando disse que na noite de ontem já iniciou tratativas com o clube alemão, que representa a primeira dívida, mas que ainda não chegou a um acordo, nem tampouco tem previsão para isso acontecer.

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– Tive uma conversa ontem a noite com alguns interlocutores que estão hoje a noite que estão os ajudando nessa pendência. Tentamos algumas maneiras de solucionar esse problema. Por enquanto, não solucionamos. Procuramos encontrar uma solução nas próximas horas ou dias. Se precisar negociar jogador, nós vamos pedir autorização ao conselho sim. O próximo presidente precisa receber o Santos em uma situação tranquila. Eu só quero que todos saibam que o nosso foco total é esse – afirmou o presidente em exercício.

Rolo também se mostrou preocupado com as dívidas internas, como atrasos no pagamento de salários e direitos de imagens a jogadores, mas parabenizou o elenco pelo empenho mesmo em meio aos problemas administrativos, e revelou que com conversas com lideranças entre os jogadores, eles estão preocupados que o time perca pontos por conta das dívidas.

– Importante ressaltar que os jogadores sempre foram profissionais até suportando as questões mais adversas possíveis. Dignos de aplausos em meio as promessas não cumpridas. A vinda do professor Cuca trouxe um grande ânimo para o elenco, que se sente protegido e amparado. Por isso que ele está mais quando que prestigiado e vamos precisar muito da liderança para ajudar blindar essas questões políticas, para que elas não cheguem ao futebol – pontuou Orlando.

Orlando Rollo assume o cargo de presidente após apresentar defesa em separado do Comitê de Gestão, afastado por conta de irregularidades fiscais apresentadas no demonstrativo financeiro de 2019 e apontadas pelo conselho responsável. Os punidos terão direito a ampla defesa e uma segunda votação está prevista no Conselho Deliberativo em até 60 dias. Caso a decisão seja mantida, a palavra final será dada em Assembleia de Sócios.


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