LOS ANGELES (Reuters) – Os membros da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), o grupo responsável pela distribuição anual dos prêmios do Globo de Ouro para obras de televisão e cinema, aprovaram nesta quinta-feira mudanças amplas com o objetivo de diversificar suas fileiras e abordar reclamações éticas.

Entre os passos está a contratação de um diretor de diversidade, enfatizando o recrutamento de jornalistas negros e amplificando a seleção para o grupo de jornalistas estrangeiros da área de entretenimento.

A organização também aprovou em votação a adição de 20 novos membros aos atuais 87 neste ano e a expansão de sua composição em 50% nos próximos 18 meses. 

O conselho da HFPA propôs mudanças no início da semana e os membros as aprovaram nesta quinta-feira.

“A votação esmagadora de hoje para reformar a associação reafirma nosso compromisso com a mudança”, afirmou o presidente da HFBA, Ali Sar, em nota. 

As mudanças acontecem após uma investigação publicada em fevereiro pelo jornal Los Angeles Times apontar que não havia atualmente pessoas negras na HFPA.

O jornal também levantou questões éticas sobre a relação próxima entre a HFPA e os estúdios de cinema que podem influenciar na escolha dos indicados e vencedores do Globo de Ouro. 

A polêmica ofuscou a cerimônia em fevereiro, uma das principais premiações de Hollywood e que anualmente antecede a entrega do Oscar.

As novas regras exigem que membros da HFPA parem de aceitar itens promocionais presenteados por estúdios de cinema e TV e que o grupo publique uma lista pública de membros com links para seus trabalhos.

“Entendemos que o trabalho duro começa agora”, disse Sar. “Continuamos dedicados a nos tornarmos uma organização melhor e um exemplo de diversidade, transparência e responsabilidade no setor.”

(Reportagem de Lisa Richwine)

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