A Organização Internacional para as Migrações (OIM) lançou nesta segunda-feira (22), pela primeira vez, um apelo para arrecadar US$ 7,9 bilhões (R$ 39 bilhões na cotação atual), com o objetivo de enfrentar desafios cada vez maiores.

“As migrações irregulares e forçadas alcançam níveis sem precedentes, e os desafios que enfrentamos são cada vez mais complexos”, declarou a diretora da OIM, Amy Pope.

As organizações humanitárias atravessam um contexto financeiro difícil ante a multiplicação de crises em todo o mundo.

“Estamos em um momento crítico”, destacou Pope, que se tornou, no ano passado, a primeira mulher a assumir as rédeas dessa agência da ONU.

Um financiamento integral permitiria à OIM atender quase 140 milhões de pessoas, incluindo os deslocados internos e as comunidades locais que os acolhem, de acordo com um comunicado da agência.

“Acima de tudo, isso também permitiria ampliar o trabalho de desenvolvimento da OIM, o que ajudaria a evitar maiores deslocamentos”, acrescenta o documento.

Dos quase US$ 8 bilhões que a OIM espera arrecadar, US$ 3,4 bilhões (R$ 16,7 bilhões na cotação atual) seriam dedicados a “salvar vidas e proteger as pessoas deslocadas”.

Cerca de US$ 2,7 bilhões seriam destinados à busca de “soluções para os deslocamentos” e “US$ 1,6 bilhão para facilitar as rotas regulares de migração” (R$ 13,3 bilhões e R$ 7,9 bilhões na cotação atual, respectivamente).

A instituição também quer dedicar US$ 163 milhões (R$ 805,2 milhões na cotação atual) a trabalhos destinados a transformar a OIM “para prestar serviços de uma forma melhor e mais eficiente”.

A OIM promete se concentrar em iniciativas e programas voltados para fortalecer a adaptação climática, para proteger os direitos humanos, para as necessidades do mercado de trabalho e para o apoio aos governos na gestão da migração.

Pelo menos 60.000 pessoas morreram ou desapareceram nos últimos nove meses durante seu périplo migratório, segundo dados da OIM.

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