ROMA, 2 ABR (ANSA) – A Organização Europeia para a Investigação Nuclear (Cern) capturou a imagem mais detalhada da antimatéria, feita através de uma câmera de quatro bilhões de pixels modificada a partir de um sensor de um celular.
O resultado foi estabelecido a partir de um experimento chamado Aegis, conduzido em colaboração com o Instituto Nacional de Física Nuclear (INFN) e publicado na revista Science Advances.
O pesquisador Ruggero Caravita declarou entrevista à ANSA que o grupo alcançou um “marco”, além de avaliar que o resultado permitirá obter medições quase impossíveis atualmente.
“Com essa resolução extraordinária, também somos capazes de distinguir os diferentes tipos de fragmentos de aniquilação, fragmentos nucleares, partículas alfa, prótons e píons, e isso nos permitirá dar um salto adiante na compreensão das interações entre antiprótons de baixa energia e materiais”, analisou o italiano.
Os especialistas do Aegis começaram com um sensor de imagem em câmeras de celulares, comumente usado para transformar luz incidente em uma imagem digital, e o modificaram para atuar como um detector de partículas.
O experimento ainda estabeleceu um novo recorde mundial na resolução da capacidade de capturar o momento em que matéria e antimatéria, em contato, se destroem mutuamente.
O sensor também foi capaz de revelar a trajetória dos fragmentos de aniquilação resultantes com a maior resolução já alcançada em um detector de pixels. (ANSA).