O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, confirmou nesta quinta-feira a presença de público ao longo do trajeto de revezamento da tocha olímpica. Os espectadores poderão ver a passagem do item, mas terão de usar máscaras de proteção, evitar aglomerações, se limitar a assistir aos trechos do percurso que ficam próximos de suas residências e não poderão “gritar” ou “torcer”.

“A situação da infecção varia de uma região para outra. Temos que levar isso em consideração e será muito importante aplicar uma abordagem meticulosa”, disse a presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020, Seiko Hashimoto, em entrevista coletiva.

O local de partida do revezamento foi escolhido a dedo pelo Comitê Organizador. A tocha sairá da província de Fukushima, onde em maio de 2011 ocorreu um terremoto, um tsunami e um acidente nuclear. A escolha destaca o papel de Tóquio-2020 como os “Jogos Olímpicos da Reconstrução”.

Os participantes do revezamento poderão correr com a tocha sem o uso de máscaras. Eles passarão por exames médicos duas semanas antes e serão orientados a evitar atividades de exposição ao vírus. “Não estamos tentando desencorajar as pessoas, mas o mais importante é evitar ter áreas abarrotadas”, explicou o diretor-executivo do revezamento da tocha, Teruhiko Okada.

O revezamento havia sido cancelado dias antes de seu início, no ano passado, em decorrência da pandemia da covid-19. Agora ele acontece com um ano de atraso, a partir do dia 25 de março.