As orelhas de abano costumam ser um problema para quem as tem. Embora a condição não comprometa a saúde física, pode ser motivo para questões emocionais, devido à baixa autoestima e até mesmo por consequência de bullying, especialmente durante a infância.

Até poucos anos, a correção das orelhas de abano era feita exclusivamente por otoplastia. No entanto, o desenvolvimento da técnica de otomodelação Earshutt, pelo cirurgião-dentista Kleyton Valverde, promete o mesmo resultado de maneira não invasiva, sem a necessidade de cortes.

“É uma abordagem fechada da técnica convencional de Mustardé [sutura], com deslocamento e expansão da pele da fossa da antélice [parte do pavilhão da orelha], com fixação por fios não absorvíveis, sem ressecação de pele, raspagem ou incisões em cartilagem, sem pontos aparentes ou necessidade de retirada de pontos”, explica Kleyton.

 

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Segundo ele, o resultado é imediato. Porém, como qualquer procedimento estético, pode haver edemas e hematomas. “A técnica é realizada para ser permanente, mas depende do cuidado pós-operatório do paciente, assim como na cirurgia convencional”, pontua o especialista, destacando a importância de seguir corretamente a orientação de uso de faixa de compressão na região entre três a sete dias.

A Earshutt é recomendada para qualquer paciente com projeção de orelha, a partir dos seis anos. Somente profissionais habilitados e autorizados pelo devido conselho a trabalhar com fios absorvíveis e não absorvíveis, podem efetuar o procedimento.

Por fim, Kleyton informa que os riscos são calculados: “Como em todo procedimento, temos riscos de infecção, inflamações mais encarceradas, que podem ser controlados por medicações e procedimentos realizados por profissionais devidamente capacitados e em local próprio. Deve-se levar em conta que cada paciente necessita de um protocolo específico, por essa razão me dedico há cinco anos exclusivamente em orelhas, adquirindo conhecimento para atender a maioria dos biotipos”.