O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, se expressou nesta segunda-feira (17) contra a proposta de aumentar o número de guardas fronteiriços nos limites da União Europeia, iniciativa que considera uma ameaça à soberania de seu país.

“É inaceitável que Bruxelas queira privar a Hungria de seus direitos de proteger as suas fronteiras”, declarou o líder ultraconservador e anti-imigração ao Parlamento de Budapeste.

“Não queremos renunciar ao nosso direito de defender as nossas fronteiras, ninguém pode nos tirar isso, nem um pouquinho”, disse Orban, que pareceu fazer referência, embora sem dizer o nome, ao projeto da Comissão Europeia de aumentar para 10 mil efetivos até 2020 a Guarda de Fronteiras e Costas, e acelerar o retorno de migrantes em situação irregular aos seus países de origem.

“Depois das invasões alemãs e soviéticas (…) nós recuperamos o controle de nossas fronteiras apenas em 1990, agora estão protegidas por profissionais e patriotas”, destacou o primeiro-ministro húngaro.

Ele acusou “os burocratas de Bruxelas” de quererem tirar da Hungria “as chaves” de suas fronteiras.

Viktor Orban, que desde o seu retorno ao poder em 2010 intensificou a briga com o Executivo de Bruxelas, também disse que defenderia esse ponto de vita na reunião de líderes europeus que acontecerá em Salzburg, na quarta e quinta-feira.