O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, denunciou neste sábado (23) em um comício seis meses antes de eleições legislativas que se antecipam equilibradas, a atitude da União Europeia (UE) com relação a seu país e à Polônia, digna da União Soviética, segundo ele.

“A UE fala e se comporta conosco e com os poloneses como se fôssemos seus inimigos”, assegurou Orban perante milhares de simpatizantes, reunidos por ocasião do dia da festa nacional, que comemora a revolução húngara de 1956, esmagada pela URSS.

“Bruxelas faria bem em entender que inclusive os comunistas não conseguiram nos calar. Somos o Davi que Golias deveria evitar”, declarou o líder nacionalista e conservador, que expressou apoio ao governo polonês, mergulhado em uma queda de braço com Bruxelas pela independência da Justiça polonesa e a primazia do direito europeu.

Orban, de 58 anos, no poder entre 1998 e 2002 e de forma ininterrupta desde 2010, já sabe desde a semana passada quem será seu principal adversário nas legislativas da primavera.

Trata-se de Peter Marki-Zay, de 49 anos, prefeito conservador e vencedor surpreendente das primárias da oposição, celebradas no domingo passado.

Especialistas preveem uma disputa apertada em abril de 2022, muito mais do que Orban está acostumado.

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Marki-Zay também celebrou um comício em Budapeste no sábado, ao qual assistiram cerca de 5.000 pessoas.

“As pessoas estavam fartas em 1956 e também estão fartas agora”, afirmou Marki-Zay dirigindo-se a seus simpatizantes.


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