Atualizada em 21/2, 17h30 – Renan Calheiros desistiu de disputar a relatoria da CPI, e deixou a comissão. Deve ser substituído por outro nome do MDB. Rogério Carvalho (PT-SE) será o relator e Omar Aziz (PSD-AM) o presidente da CPI.
Principal postulante ao cargo de relator da CPI da Braskem, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) só começou a aparecer publicamente para falar do caso da petroquímica em Maceió em 6 de abril do ano passado, durante uma reunião de moradores com Paulo Dantas, o governador que ele elegeu de seu grupo político.
Depois, em 25 de abril, ele requereu uma audiência pública para discutir o caso. Em 16 de maio Renan divulgou uma carta aberta contra a venda da Braskem. Só volta ao assunto em 4 de agosto, quando apresentou um requerimento na CAE para que a CVM fiscalize passivos ambientais da empresa e, em 7 de agosto, outro requerimento, também na CAE, pede diligências para acompanhamento das avaliações de impactos financeiros na Petrobras e, no dia seguinte, outro requerimento convida Jean Paul Prates, presidente da petroleira, a falar sobre a Braskem na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle.
Em 24 de outubro apresentou o requerimento para a criação da CPI. O interesse tardio de Renan chamou a atenção do bloco que não quer usar a Comissão como palco para interesses políticos regionais. Renan, em sua posição, tem repetido na mídia que o interesse é pelo povo da capital. A oposição, claro, desconfia. A CPI escolhe nesta quarta (21) seu relator.