O líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung, esfaqueado no pescoço por um homem que se fez passar por um apoiador, apelou ao “fim das políticas beligerantes” ao receber alta do hospital nesta quarta-feira (10).

O presidente do Partido Democrata estava rodeado de jornalistas na cidade de Busan, no sul do país, em 2 de janeiro, quando um homem chegou entre a multidão e o esfaqueou do lado esquerdo do pescoço, ferindo-lhe a veia jugular.

O político de 60 anos foi primeiro enviado para um hospital em Busan e depois transportado de avião para Seul, onde foi submetido a uma cirurgia de quase duas horas.

Ao receber alta do hospital oito dias depois, Lee disse que o incidente deveria servir para rever a política de confronto do país.

“Espero que este incidente sirva como um marco para acabar com a política de ódio e restaurar uma política de respeito e convivência”, disse ele em suas primeiras declarações após o ataque.

O suspeito é um corretor imobiliário de 66 anos que passava por dificuldades financeiras e não conseguia pagar o aluguel de seu escritório há sete meses, segundo a agência de notícias Yonhap.

A política na Coreia do Sul é notoriamente conflituosa e várias figuras de destaque foram atacadas em público nos últimos anos.

Em 2022, o antecessor de Lee no Partido Democrata, Song Young-gil, foi atingido por um objeto lançado por um idoso.

E em 2006, Park Geun-hye, então líder do partido conservador que mais tarde se tornaria presidente, foi atacada com uma faca durante um comício, uma ação que a deixou com uma cicatriz no rosto.

kjk/ceb/lb/dbh/mas/jc/aa