Aleksei Navalny, líder da oposição russa ao presidente Vladimir Putin, foi arbitrariamente preso em Moscou, na semana passada, quando retornou da Alemanha, país em que permaneceu durante cinco meses recuperando-se de um envenenamento que quase o matou — ele acusa Putin de ser o mandante da tentativa de assassiná-lo. A prisão desencadeou imediatamente uma onda de protestos, não apenas na Rússia mas em diversos países da Europa. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu a “libertação imediata”, e também os governos francês e italiano posicionaram-se nesse sentido. Ao ser preso, Aleksei conseguiu dizer rapidamente a um grupo de jornalistas: “Não tenho medo. Todos os processos criminais contra mim são forjados”. Estava previsto que seu avião pousaria no aeroporto de Vnukovo, mas o voo foi desviado para Sheremetyevo. Na segunda-feira 18 comemorou-se em Moscou o Dia Ortodoxo da Epifania. Manda a tradição que as pessoas entrem rapidamente em um lago gelado. Putin o fez de calção azul, em uma provocação a Navalny: ele foi envenenado em agosto de 2020 com uma substância altamente tóxica colocada em sua cueca, que era azul.

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Provocação

Para comemorar o Dia Ortodoxo da Epifania, Vladimir Putin seguiu a tradição e entrou rapidamente em um lago gelado. Pouco se purificou. O presidente trajou um calção azul, zombando de Navalny, que foi envenenado e quase morreu por uma substância tóxica colocada em sua cueca — que também era azul.

Vandalismo
O americano, filho de brasileiros, que invadiu o Capitólio

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Samuel Camargo foi preso na quarta-feira 20 por dificultar que um policial colocasse ordem no tumulto promovido por manifestantes no Capitólio, no último dia 6. Apesar de Camargo ter nascido nos EUA, o nome abrasileirado não é somente coincidência, ele é filho de um casal da cidade mineira de Sabinópolis. O FBI chegou até Camargo após receber denúncias de publicações que ele próprio fez em redes sociais durante a invasão. Em uma delas aparecia segurando um pedaço de metal que fazia parte da estrutura do Congresso.

Cultura
Antonio Callado e a sua decepção com o Brasil

ANTONIO CALLADAO

Um dos cariocas que mais buscou compreender o País terá sua vida contada em um documentário. Antonio Callado foi de jornalista a biógrafo, de romancista a dramaturgo, opositor da ditadura militar e responsável por um dos maiores clássicos da literatura brasileira: “Quarup”. Callado empenhou toda sua vida em compreender o Brasil em suas entrelinhas — para ele, o óbvio não servia. Decepcionou-se. O País ao qual ele tanto se dedicou parecia não compreendê-lo. Mas, afinal, por que Callado se iludiu? Essa é a resposta que Emília Silveira responde no documentário “Callado”: “Eu me concentrei no que parecia ser o mais relevante na vida dele — os livros e o jornalismo”.

493 novos agrotóxicos foram aprovados por Jair Bolsonaro em 2020. Ele superou a si próprio: em 2019, aprovou 474. Ao todo, quase 1 terço dos 3 mil agrotóxicos usados no País ganharam registros nos 2 anos da gestão bolsonarista. Dados do Ministério da Agricultura, divulgados na semana passada

Dirceu Portugal

Sociedade
Covid-19 mata mais em países politicamente polarizados

Um estudo científico realizado em países europeus mostra que há relação entre o aumento no número de mortes pela pandemia e a polarização política advinda da intolerância e do populismo. Foram estudadas cento e cinquenta e três regiões de dezenove países. Assinam o trabalho os pesquisadores Víctor Lapuente, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e Andrés Rodrígez-Pose e Nicholas Charron, membros da London School of Economics. A principal causa da conclusão do estudo: nas nações polarizadas não há consenso sobre quais medidas tem de ser tomadas na pandemia.

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