Um opositor ao regime iraquiano e da influência do Irã no país foi encontrado morto em Bagdá com três disparos na cabeça, segundo fontes médicas e policiais. Ele é o terceiro opositor assassinado em menos de dez dias no país.

O Irã vive há mais de dois meses protestos que deixaram 450 mortos e 20.000 feridos. Nesse contexto, uma campanha de intimidação, sequestros e assassinatos parece se intensificar.

Na madrugada desta quarta-feira, o corpo de Ali al Lami, de 49 anos, pai de cinco filhos, foi encontrado no bairro popular de Al Shaab em Bagdá, onde fica a casa de uma irmã, segundo seu amigo, Tayssir al-Atabi. O opositor estava hospedado na casa da irmã para poder protestar na praça Tahrir, epicentro dos protestos em Bagdá.

O militante “levou tiros na cabeça, que foram disparados pelas costas”, explicou o amigo, que acusou as “milícias do governo corrupto” pelo crime. Os legistas confirmaram que ele foi assassinado após ser alvo de três tiros.

Muitos manifestantes acusam as facções armadas pró-Irã de participarem desse tipo de ação.

Lami é o terceiro manifestante opositor assassinado no país desde 2 de dezembro. Nesse dia, Zahra Ali, de 19 anos, foi sequestrada, torturada e encontrada morta horas depois.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

No domingo passado, Fahem al-Tai, um pai de família de 53 anos, morreu após ser baleado por duas pessoas em uma moto, quando voltava para sua casa em Kerbala, no sul.

Antes, desde o começo de outubro, vários militantes foram encontrados mortos em diferentes cidades do país, e outros foram sequestrados e retidos por homens armados e um uniforme que o Estado assegura não poder identificar.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias