Oposição também se beneficiou do orçamento secreto que denunciou

Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é jornalista graduado na FACHA, no Rio, e pós-graduado em Ciências Políticas pela UnB. Iniciou carreira em 1996 em MG. Foi colunista do Informe JB, da Gazeta Mercantil, dos portais iG e UOL. Apresentou programas na REDEVIDA de Televisão e foi comentarista da Rede Mais/Record Minas. De Brasília, assina a Coluna Esplanada em jornais de capitais e é colunista do portal da Isto É.

Oposição também se beneficiou do orçamento secreto que denunciou

Câmara adotou um sistema de votação remota, esvaziando o plenário físico, mas aumentando o quórum virtual
Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

Autora da ação que culminou na suspensão do chamado “orçamento secreto” pelo Supremo Tribunal Federal, a oposição também tascou parte dos recursos das emendas de relator (classificadas como RP9), executadas desde 2020.

Conforme dados da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, o dinheiro secreto abasteceu 659 das 816 prefeituras que pertencem a partidos de oposição (PDT, PSB, PT, PCdoB, PSOL e REDE).

O levantamento do colegiado também expõe que os cofres de todos os governos estaduais foram irrigados pelas emendas de relator-geral em 2020 e em 2021.Prefeituras do Progressistas (634) e PL (316), partidos da base de Bolsonaro, estão no topo do ranking das emendas secretas (sem carimbo).