No dia em que o governo tentará mostrar no plenário da Câmara que ainda tem força política para aprovar projetos de seu interesse, líderes da oposição se reuniram nesta manhã, 23, para reiterar a estratégia de obstruir os trabalhos.

“Não há normalidade no País para nós deixarmos votar matérias neste momento aqui na Casa, a não ser que o presidente tome providências para instalar a comissão do impeachment. Estamos seguros de que o melhor caminho é a obstrução política para mostrar para o País que esse governo acabou e não reúne mais condições de votar nem as reformas e muito menos as matérias de interesse do País”, justificou nesta manhã o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE).

O petista sinalizou que o grupo pode eventualmente discutir a votação da Medida Provisória (MP) que autorizou o saque do dinheiro de contas inativas do FGTS. A medida perde a validade na próxima semana e, caso não seja votada pela Câmara e Senado antes disso, trabalhadores nascidos de setembro a dezembro perderão o direito de sacar os recursos. “Temos matérias que diz respeito ao povo e estamos apreciando. No decorrer da discussão, vamos discutindo”, respondeu.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou sessão extraordinária deliberativa no plenário para as 13h55 com a intenção de abrir as discussões do projeto que regulariza benefícios fiscais concedidos por Estados a empresas sem autorização do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Se a ordem do dia começar realmente neste horário, Maia inviabilizará as reuniões das comissões agendadas para esta tarde, como a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que tem em sua pauta a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Eleições Diretas.

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