O principal partido da oposição da Tanzânia denunciou, nesta quinta-feira (11), que mais de 2.000 pessoas morreram em episódios de violência no âmbito das eleições de 29 de outubro, vencidas pela presidente Samia Suluhu Hassan.
Seu governo é acusado de fraude e de ter orquestrado uma campanha de assassinatos e sequestros de seus detratores antes da votação, o que gerou protestos por todo o país.
O vice-presidente do partido opositor Chadema, John Heche, declarou à empresa que morreram “mais de 2.000 pessoas e mais de 5.000” ficaram feridas em uma semana.
Segundo ele, esta violência foi perpetrada “com a implicação direta do Estado” e constitui “crimes contra a humanidade”.
Os balanços anteriores da oposição citavam mais de 1.000 mortos. O governo não comunicou um número de vítimas dos episódios de violência.
O Chadema acusou as forças de segurança de estupros, torturas, assassinatos, saques e prisões arbitrárias.
As autoridades continuam reprimindo a dissidência. Alguns protestos previstos para esta semana terminaram com as ruas desertas devido ao forte dispositivo de segurança.
Na semana passada, a presidente Hassan garantiu que a força empregada era “proporcional à situação”, a fim de evitar a derrubada do governo.
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