A líder da oposição venezuelana María Corina Machado convocou protestos em “todas as cidades” contra a eleição contestada de Nicolás Maduro para o sábado. Corina, que diz estar na clandestinidade e recebendo ameaças de prisão, afirmou que os opositores do chavista vão “até o fim.

Na declaração, a mulher pontuou que a oposição deve se manter “firme, organizada e orgulhosa” de ter conquistado a vitória nas eleições de 28 de julho. “O mundo verá a força e a determinação de uma sociedade decidida em viver em liberdade”, declarou.

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Até o momento, países como EUA, Argentina e Uruguai reconheceram a vitória Edmundo González Urrutia, representante da oposição. O Brasil, por sua vez, divulgou um comunicado junto ao México e a Colômbia pedindo que as autoridades venezuelanas tornem públicas as atas eleitorais que deram a reeleição para Maduro. Os governos dos três países expressaram respeito pela “soberania da vontade do povo”.

Prisões de opositores

Nicolás Maduro afirmou estar preparando prisões de segurança máxima para receber manifestantes detidos após as eleições. “Todos vão para Tocorón e Tocuyito”, pontuou o chefe de estado, fazendo referência a duas penitenciárias que estiveram controladas por quadrilhas até serem ocupadas pelas forças venezuelanas no ano passado.

Mais de mil pessoas foram presas após o início das manifestações contra Nicolás Maduro desde a eleição contestada realizada em 28 de julho, segundo o presidente venezuelando. “Querem transformar a Venezuela em um novo Haiti”, afirmou o chefe de estado.

A oposição venezuelana estima que 16 pessoas tenham morrido em protestos.

Os Estados Unidos, por meio do secretário de Estado do país, Antony Blinken, reconheceram a vitória do candidato de oposição da Venezuela, Edmundo González Urrutia, citando “esmagadoras evidências” de que o político recebeu a maioria dos votos.

*Com informações da AFP e da Deutsche Welle