07/04/2022 - 1:01
Políticos de oposição cobraram explicações e investigação, nesta quarta-feira (06), sobre escuta interceptada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Nela, a irmã do ex-policial Adriano da Nóbrega afirma que o Palácio do Planalto ofereceu cargos no governo em troca da morte do ex-policial. A gravação foi revelada pela Folha.
No áudio, capturado em 2020 e autorizado pela Justiça, Daniela da Nóbrega conta a um familiar que soube de uma reunião na sede do governo federal que pedia que seu irmão virasse “arquivo morto”.
Adriano da Nóbrega, ex-policial do BOPE, foi apontado como chefe da milícia no Rio de Janeiro e morreu em uma operação militar na Bahia. Ele também foi citado como parte da organização criminosa que ficava com parte do salário de ex-funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), a chamada “rachadinha”.
A Presidente do PT, Gleisi Hoffmann afirmou que a denúncia é “gravíssima”. Manuela D’ávila, do PCdoB e parte da chapa à presidência com Fernando Haddad em 2018, teve posicionamento semelhante. Guilherme Boulos, do PSOL, chamou o caso de “queima de arquivo” e afirmou que Jair Bolsonaro é acusado de ser o mandante do crime. O deputado Alessandro Molon, do PSB, pediu investigação “já”.
Com informações da Folha
Gravíssimo!! Em escuta telefônica feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro há dois anos, irmã do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega acusa o Palácio do Planalto de oferecer cargos comissionados em troca da morte de Adriano. pic.twitter.com/GtmMVSAhJX
— Manuela (@ManuelaDavila) April 6, 2022