Indicadores Sociais – Desenvolvimento Humano

Capital do Espírito Santo, Vitória é uma cidade com as portas abertas para o comércio exterior, com atividade portuária intensa. Sua geografia favorece a prática de esportes, principalmente náuticos, e turismo de observação, como é o caso da subida das baleias jubarte pela costa. Mais: há forte tradição cultural, com destaque para as paneleiras, que fabricam a panela de barro, bem imaterial pelo IPHAN, utilizada para o preparo das suas iguarias típicas: a moqueca e a torta capixaba.

Assumindo sua primeira gestão em 2021, Lorenzo Silva de Pazolini (Republicanos) diz que a sua administração garantiu conquistas históricas à população, como a regularização fundiária na Grande São Pedro e a entrega de mais de dois mil títulos de propriedade na cidade, garantindo segurança jurídica e dignidade às famílias, além de 40 residências. “Estamos desenvolvendo um programa de requalificação do centro, que terá um polo gastronômico, além do novo Edifício Santa Cecília, que foi entregue para 35 famílias. Uma outra conquista foi a aprovação do novo marco regulatório para projetos e licenciamento de obras no município”. Pazolini lembra da retomada do processo de regularização fundiária nos bairros Santo André e São José.

Atualmente com população estimada em 370 mil habitantes (IBGE) e falando do reconhecimento como cidade de grande porte no subgrupo Desenvolvimento Humano, Pazolini enfatiza que assumiu a Prefeitura com menos de R$ 10 milhões de recursos para investimento em 2021. “Aprovamos a Reforma da Previdência e estamos estabelecendo novos padrões fiscais que possibilitem ampliar serviços aos cidadãos, como um modelo educacional que eleve o índice de aprendizagem de nossas crianças e adolescentes”, diz ele. “Mais saúde e mais segurança são importantes porque constituem as bases para um novo ciclo virtuoso de nossa cidade. Se Deus quiser teremos um município justo, com paz e igualdade”.

AS TOP CINCO GERAL
1. Cândido Rodrigues (SP)
2. Conquista D’oeste (MT)
3. Novo Xingu (RS)
4. Rio Fortuna (SC)
5. Treviso (SC)

GRANDE PORTE
. Vitória (ES)
. Palmas (TO)
. Brasília (DF)
. Florianópolis (SC)
. Niterói (RJ)

MÉDIO PORTE
. Nova Lima (MG)
. Rio das Ostras (RJ)
. Balneário Camboriú (SC)
. Rio do Sul (SC)
. Santana de Parnaíba (SP)

PEQUENO PORTE
. Cândido Rodrigues (SP)
. Conquista D’Oeste (MT)
. Novo Xingu (RS)
. Rio Fortuna (SC)
. Treviso (SC)

Nova Lima

Os números impressionam. A cidade mineira, na região central de Minas Gerais e pertencente à região metropolitana de Belo Horizonte, possui o 4º maior PIB da RMBH (IBGE, 2019); o melhor IDH do Estado e 17º melhor do Brasil. É o 4º melhor município do Estado para as pessoas envelhecerem (Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade). Primeiro município no Brasil com população de até 100 mil habitantes e 7º município em Minas Gerais que mais gerou empregos formais no ano de 2021 (Novo Caged, 2021). Não bastasse, apresentou saldo de 5.682 empregos formais, teve uma curva ascendente da arrecadação bruta municipal, alcançando inédito R$ 1,031 bi.

NÚMEROS QUE IMPRESSIONAM Nova Lima possui o 4º maior PIB da RMBH, o melhor IDH do Estado e 17º de todo País (Crédito:Lívia Bastos)

De acordo com o prefeito João Marcelo Dieguez Pereira (Cidadania), importante frisar que o município investe, em média, 40,6% da receita resultante de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de Saúde. “E, mesmo assim, tendo a economia baseada primordialmente na mineração, sobretudo de minério de ferro, já observamos uma mudança no perfil de recolhimento dos nossos impostos. Em 2021, o ICMS respondeu por 21% da arrecadação”.

Com população estimada em 97.500 habitantes (IBGE, 2021) a mudança da arrecadação possibilita um orçamento mais robusto. “Isso nos permite andar rumo a projetos importantes, estruturantes, de mobilidade e de longo prazo, que vão impactar positivamente os nova-limenses”, diz o prefeito.

Para Pereira, a gestão da pandemia foi positiva na cidade, principalmente com a criação do Plano de Recuperação Socioeconômica, trabalhado em diversas frentes. “Sem dúvida, esse prêmio mostra o reconhecimento do desenvolvimento social no município, que é um dos nossos focos”.

Um dos nortes da administração de Nova Lima é o investimento em políticas públicas com o intuito de reduzir as desigualdades sociais, por meio de programas de amparo e auxílio, além do investimento em capacitação e qualificação e intermediação de empregos, bem como projetos voltados ao incentivo, ao empreendedorismo e inovação. “Tudo isso para que as pessoas tenham, de fato, oportunidades de transformar suas vidas”, fala o prefeito, reforçando que além de aspectos que tornam Nova Lima uma cidade com qualidade de vida, tal plano foi fundamental para alcance desse patamar. “Trata-se de uma resposta rápida a esse momento difícil vivido por todos nós e, já na transição de governo, no final de 2020, ele começou a ser construído junto com a sociedade, o que só reforça o nosso compromisso com as pessoas e empresários”.

Cândido Rodrigues

Município paulista de pequeno porte, é Cândido Rodrigues que fecha as cidades campeãs no subgrupo Desenvolvimento Humano, desse Anuário. Com população estimada em 2.805 habitantes, ela é administrada pelo prefeito Fabrício Antonio Roncolli (DEM).

Mas sua história vem do início do século XX. Ao contrário da maioria dos municípios paulistas, não foi em torno de uma capela que surgiu Cândido Rodrigues, mas sim em torno de uma estação ferroviária, quando era apenas um povoado conhecido por ‘Campin’, designação dada pelos colonos para identificar o local da propriedade de Saulle Borghi, por onde passava a ferrovia, antiga Estrada de Ferro Araraquarense (EFA). O primeiro trem parou em Campin em 8 de fevereiro de 1908, quando o povoado já se chamava Albuquerque Lins e, em razão dessa estação, o loteamento promovido por Saulle Borghi e seu filho deu início à construção de casas — a maioria de colonos era italiana. Surgiram, então, a hospedaria e um comércio razoável.

O distrito de Cândido Rodrigues foi criado em 1918, pertencendo a Taquaritinga e sua emancipação aconteceu em 1959, sempre com a agricultura como principal atividade econômica.

A diversificação de culturas é uma das características dos produtores locais, com predileção para a fruticultura. Prova disso é que vem sendo considerado hoje o maior centro comercial de limão e manga, na maioria das quase 300 propriedades rurais. O negócio é conduzido por famílias, com a contratação de pouca mão de obra terceirizada. A Prefeitura e a agroindústria são as grandes empregadoras.

EM TRANSFORMAÇÃO Cândido Rodrigues tem na diversificação da cultura uma das principais características de seus produtores locais (Crédito:Prefeitura Cândido Rodrigues/divulgação)

O município, que depende em quase 90% das verbas repassadas do Fundo de Participação dos Municípios e do ICMS, tem buscado atrair novos investimentos para não perder a qualidade de vida que conquistou: 100% das ruas são pavimentadas e iluminadas, e a rede de água e esgoto, responsabilidade da Sabesp, atende a totalidade da população.

Na cidade, o déficit habitacional é pequeno e a área da Saúde está em plena expansão, com nova e completa unidade de atendimento. “Há mais de 20 anos nossa Saúde é referência na região”, enfatiza Roncolli. Na Educação, do ensino infantil até o fundamental II todos os alunos são atendidos. O ensino médio fica por conta da Rede Estadual de Educação. Em março de 2022, a Unifesp fechou parceria para oferecer nove cursos superiores na cidade. “É um compromisso de campanha que estamos cumprindo. Para melhorar o aprendizado dos jovens e abrir as janelas da cidade ao mundo, a Prefeitura está disponibilizando acesso gratuito à internet, via rádio, dentro do município”.