As equipes de resgate informaram nesta quarta-feira (15) que conseguiram enviar medicamentos para os 40 trabalhadores que estão presos, há quatro dias, em um túnel em construção que desabou no norte da Índia.

As escavadeiras retiram escombros desde domingo da área do acidente, no estado himalaio de Uttarakhand, para criar um túnel de fuga para os trabalhadores. As autoridades confirmaram que todos os operários estão vivos.

“Depois de consultas com os médicos, enviamos remédios para os trabalhadores por tubulações”, afirmou o policial Prashant Kumar.

“Estamos em contato com os trabalhadores”, acrescentou o policial, sem revelar detalhes sobre o estado de saúde dos operários.

Kumar destacou que também foram enviados alimentos e oxigênio para os trabalhadores.

Com o avanço da retirada dos escombros, mais pedaços caíram do teto do túnel e dois trabalhadores ficaram feridos durante a noite, disse.

“O ritmo é lento por causas naturais”, afirmou o chefe de polícia do estado de Uttarakhan, Ashok Kumar.

A Força Aérea transportou uma nova “máquina perfuradora que vai acelerar o trabalho de resgate”, acrescentou.

Os engenheiros desejam instalar cilindros de alumínio de 90 centímetros de diâmetro, largos o suficiente para que os trabalhadores possam deixar o túnel.

O túnel que desabou é parte de um grande projeto para conectar as localidades de Silkyara e Dangalgaon, onde ficam dois dos templos hindus mais sagrados, o de Uttarkashi e o de Yamunotri.

A obra é parte de um projeto do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para melhorar a conexão entre alguns dos santuários hindus mais populares e modernizar o acesso às regiões próximas à fronteira com a China.

Vários especialistas alertaram sobre o impacto das grandes construções em Uttarakhand, onde muitas áreas são propensas a deslizamentos de terra.

Os acidentes em grandes obras de infraestruturas são frequentes na Índia.

Ao menos 200 pessoas morreram em janeiro por enchentes repentinas no estado de Uttarakhand, uma catástrofe que os especialistas atribuíram parcialmente a um excessivo desenvolvimento urbano e de infraestrutura.

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