Uma operação que prevê vistorias em centros e unidades de alta complexidade para o tratamento do câncer de mama tem início na manhã desta quarta-feira, 19, em 17 Estados e no Distrito Federal. Organizada pela Defensoria Pública da União com a colaboração de Sindicato dos Médicos, Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama e Conselho Federal de Medicina, a iniciativa pretende verificar as condições de atendimento dos centros, o número de cirurgias e procedimentos realizados, o tempo na fila de espera, a falta de medicamentos.

Os resultados da ação poderão ser usados para instruir uma ação civil pública para garantir atendimento de qualidade para pacientes de câncer de mama.

“A lei que garante o tratamento da paciente 60 dias após o diagnóstico em boa parte do País é letra morta. Isso precisa mudar”, afirmou o defensor público federal Eduardo Nunes Queiroz.

Um dos participantes da vistoriando Brasília, o defensor conta que a intenção é preparar o relatório do resultado da operação em poucos dias. “As queixas sobre a demora no tratamento são constantes. Mulheres muitas vezes começam o atendimento meses depois do diagnóstico, o que compromete o resultado da terapia”, disse.

A expectativa é de que a vistoria seja feita durante todo o dia. “Concluído o relatório, vamos enviá-lo para gestores para que providências seja tomadas”, disse.

Se não houver resposta adequada, a ação civil pública será apresentada. “Outubro rosa não deve ser algo simbólico, mas um mês de ações efetivas para melhorar o acesso das mulheres ao atendimento de câncer de mama”, completou.

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