Duas movimentações suspeitas na conta da advogada Ana Cristina Valle, segunda mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foram identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). As operações coincidem com as datas em que ela vendeu em 2011 um conjunto de cinco terrenos. As informações são da colunista Juliana Dal Paiva, do Uol.

Conforme o Coaf, foram identificados, ao menos, dois depósitos em espécie que totalizaram R$ 532,2 mil. O primeiro deles foi um depósito de R$ 191,1 mil em dinheiro vivo feito pela própria Ana Cristina em uma conta dela no dia 18 de março de 2011. Na mesma data, a advogada registrou no 2º Ofício de Notas de Resende (RJ) a venda de um terreno de 3 mil metros quadrados com uma pequena construção por R$ 1,15 milhão.

No documento, a ex-mulher de Bolsonaro “declarou haver recebido da seguinte forma: R$ 850 mil em moeda corrente e legal do país” e ainda um apartamento no valor de R$ 300 mil.

A segunda movimentação suspeita foi um novo depósito de dinheiro vivo no valor de R$ 341,1 mil feito no dia 6 de julho de 2011. No mesmo dia, Ana Cristina registrou em cartório a venda de um conjunto de 4 terrenos que somados dão quase 5 mil metros quadrados e custaram um total de R$ 700 mil. O valor foi recebido em um cheque de R$ 670 mil e outros R$ 30 mil em “moeda corrente e legal do país”.

Os cinco terrenos que Ana Cristina vendeu foram comprados no período da união com Jair Bolsonaro. Em 2006, os cinco terrenos foram comprados por R$ 160 mil. Na época, a prefeitura de Rezende (RJ) havia avaliado os terrenos por R$ 743,6 mil. Ao revender por R$ 1,9 milhão, Ana Cristina teve um lucro de 1.100%.

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