Rio – A Polícia Civil e o Ministério Público estadual (MPRJ) realizam, desde as primeiras horas desta sexta-feira, uma operação contra o braço financeiro da milícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko. A Operação Octopus, como foi chamada, pretende cumprir 36 mandados de busca e apreensão em imóveis do grupo paramiliar no Conjunto da Marinha, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Além disso, os agentes também estão em locais identificados como centrais clandestinas de TV a Cabo e Internet e depósitos de gás utilizados pela milícia.
As investigações para a operação começaram há dois meses, quando milicianos do bando de Ecko invadiram diversas comunidades do município. Além do Conjunto da Marinha, que é do Minha Casa, Minha Vida, eles tomaram regiões como Grão Pará, Pantanal, Dom Bosco, Marapicu, bem como outras localidades que ficam às margens da Estrada de Madureira (RJ-105).
O inquérito policial, da 56ª DP (Comendador Soares), apontou que o bando vem ampliando sua forma de atuação para aumentar seus lucros. Além da exploração e venda de gás, de Internet, de TV a cabo e de transporte público irregular e da extorsão de comerciantes, os milicianos também atuam na venda de cigarros contrabandeados do Paraguai, na exploração imobiliária, na agiotagem e em clonagem de cartões.
A operação é comandada pela 56ª DP e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRJ (Gaeco) e tem o apoio de diversas delegacias do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).


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