As autoridades mexicanas localizaram com vida na terça-feira (4) o jornalista Richard Villanueva Ake, que havia sido sequestrado na segunda-feira na cidade de Poza Rica, estado de Veracruz.

“Foi localizado com vida o repórter Ricardo Villanueva Ake, que havia sido privado ilegalmente de liberdade na segunda-feira”, informou em um comunicado a Comissão Estatal para a Atenção e Proteção dos Jornalistas (CEAPP).

A organização indicou que após a localização do repórter, as autoridades estabeleceram um protocolo de proteção e atendimento médico.

A CEAPP, no entanto, não citou onde estava o jornalista nem em quais condições.

A comissão também informou que detenções foram efetuadas durante a operação, mas não citou o número de pessoas presas.

Villanueva, que cobria assuntos policiais, consertava sua motocicleta no final da tarde de segunda-feira quando “indivíduos encapuzados e armados o levantaram”, denunciou o site de notícias Presente, para o qual trabalha, que se referiu ao profissional de imprensa como Richard Villa.

No México, a imprensa costuma chamar de “levantón” os sequestros perpetrados por grupos criminosas e pelos quais geralmente não se pede um resgate. São considerados uma espécie de vingança ou ajuste de contas.

O México é considerado um dos países mais perigosos do mundo para o exercício da profissão, segundo a ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF). Desde o ano 2000, aponta a organização, mais de 150 jornalistas foram assassinados no México.

De acordo com o governo, somente em 2022 foram registrados 13 homicídios de repórteres e as autoridades investigam se esses fatos estavam relacionados com a profissão das vítimas.

Na semana passada, a organização de defesa da liberdade de expressão Artículo 19 publicou um relatório no qual documenta 696 ataques contra a imprensa em 2022.

A maioria dos crimes contra comunicadores permanece impune.

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